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Todos nós temos uma experiência de fome de Deus inata no ser humano, independente da presença da fé. Consiste numa sorte de vazio interior que vai muito além de uma aspiração passageira, ou de um desejo apenas forte, ou de uma dimensão simplesmente sentimental; e também não é uma dimensão abstrata, mas se percebe na vida concreta e real. Todos nós a experimentamos e intuímos em algum momento da nossa vida: contemplando uma belíssima paisagem, olhando o horizonte do oceano, vivendo um sentimento de solidão talvez como consequência da perda de um ser querido, nos momento de insatisfação profunda da nossa adolescência ou juventude, etc. Sentimos que falta algo. Sentimos um desejo às vezes angustiante de alguma coisa “a mais”; que aquilo que temos, vemos e sentimos não nos satisfaz. Experimentamos lá nas profundezas do nosso ser, que aquilo que passa, que é efêmero, que pode ser tirado da nossa vida, não nos completa. Sentimos que só aquilo que seja infinito poderia nos saciar.
Quem sabe o momento em que sentimos com mais força esta nostalgia é a juventude, embora ela nos acompanhe até a morte. Os jovens experimentam, com certeza, o ardor das perguntas fundamentais. Por isso, na viagem que o Papa Bento XVI fez no final de semana passado à Croácia, disse aos jovens: “Queridos amigos, a juventude é um tempo que o Senhor vos dá, para poderdes descobrir o significado da vida!
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E continua o Santo Padre: “nós sabemos que, no coração de cada um, habita um intenso desejo de felicidade. Cada ação, cada decisão, cada intenção traz nela escondida esta exigência íntima e natural. Muitas vezes, porém, damo-nos conta de ter colocado a nossa confiança em realidades que não satisfazem tal desejo, antes, fazem-nos ver toda a sua precariedade. E é em tais momentos que se sente necessidade de algo que chegue «mais além», que dê sentido ao viver quotidiano.”
Este “mais além”, este “algo a mais que vem de fora”, é o que devemos procurar neste momento da nossa existência. Não apenas os jovens experimentam este desejo, mas todo aquele que vive e que respira. Não deixemos que a correria, ou barulho, a tecnologia ou a superficialidade abafam a nostalgia do infinito que grita ou sussurra dentro de nós.
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