segunda-feira, 11 de junho de 2012

Aquilo que o homem semear, isto vai colher

Uma vez um colega de serviço disse-me: “Discriminar é só de fora de nossa casa, na nossa é diferente!”.
“Bichona louca” é o filho do vizinho, o nosso precisa de tratamento ou é somente um “pobre” homoxesual. Maconheiro é o filho do “fulano” e tem que levar quinze anos de cadeia, o nosso, é um pobre coitado que precisa de tratamento, e defenderemos até o fim.

Sempre neste blog, falo sobre amor, fraternidade, Deus... Maneiro tomar conceitos bonitos quando o problema não é com a gente.

Vamos ao problema. Minha esposa morou no Japão dez anos. Nos primeiros anos ia ter uma filha, que falaceu no útero. No Japão, geralmente, os mortos são cremados. Guardou esta “urna” (onde são depositados a cinza) por quase oito anos, e quando veio para o Brasil, trouxe-a a.
Aqui, comprou uma cova no cemitério. Fez de alvenaria de tamanho normal e colocou a urna.

Estamos juntos a dez anos. Em todos os anos visitou a filha falecida. Acendia uma vela e rezava pela alma dela.

Mudou a administração do cemitério. O tal administrador, que é um “malandro”, reparou que existiam covas em mau estado, rachadas, e abandonadas. O malandro, para ganhar um “dinheirinho”, está vendendo as covas, a qual suposta que não tem mais dono ou escritura. Aquele que não souber e não ter o documento estão “ferrados”, pois o mesmo, removerá os corpos e colocará em “sei lá qual lugar”.

Vejo a tristeza que cobre o olhar da minha esposa. Perdeu noite de sono. Chorou. Foi até o local e falou com o tal “a figura – o administrador”. Para exigir os seus direitos, disse que conhecia o Prefeito, que na verdade conhece, e falou que tinha toda a documentação. O administrador “suou frio” e deu a maior atenção. Disse que a cova foi intocada e que ela não precisa se preocupar.

A tranquilidade da minha mulher só será refeita depois que ver a urna.
Veja que problema esta pessoa está fazendo só para ganhar um “qualquer”.

Precisamos mudar este conceito de malandragem no nosso país, e dar valor a vida e até aos mortos.

Este administrador não conhece Deus e seus ensinamentos e provavelmente sofrerá algum dano, não de mim e nem da minha esposa, mais com certeza achara alguém de “cabeça-quente”

“Aquilo que o homem semear, isto vai colher”.

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