Quando dou comida aos pobres, me chamam de santo. Quando pergunto por que eles são pobres, chamam-me de comunista. Se dou pão aos pobres, todos me chamam de santo. Se mostrar por que os pobres não têm pão, me chamam de subversivo.
O homem não é mais o ser do mundo, o ser do mundo agora é o dinheiro.
Não se discute mais a civilização ou a sociedade, só discutimos o dinheiro, os juros, o crescimento econômico e o mercado financeiro.
Ressoa aos quatro ventos um monologo monocórdio que gira nas quatro direções em torno da economia de mercado, do individualismo social, da subserviência aos donos do capital e do mercantilismo.
Não é a economia a favor do homem, mas o homem em benefício da economia.
Tudo se move ao redor de valores financeiros.
Tudo se transforma em simples mercadoria, inclusive o próprio homem, um numero a mais ou a menos.
E as decisões são impostas nessa vertente, gerando ansiedades e vazios.
Os novos profetas são os economistas, os marqueteiros de mercado e os analistas de economia que publicam diariamente os ditames das grandes corporações nacionais, transnacionais e multinacionais.
Esses mesmos profetas se tornam alternadamente “curandeiros” e nos induzem ao sonho de que a ansiosa infelicidade gerada é “curada” pela adoração ao deus consumo e que o vazio é preenchido pela mercadoria.
Mercadoria que pode ser tanto o produto de prateleira quanto o produto virtual, o papel-moeda ou a moeda virtual, incluindo-se também nesse conceito as inter-relações humanas e o próprio ser humano, e as relativas derivações e manipulações daí decorrentes.
Razão tem Leon Tolstoi quando disse : “Os ricos farão de tudo pelos pobres; Menos descer de suas costas”.
Lembro ainda Dom Helder Câmara quando disse:
“Quando dou comida aos pobres, me chamam de santo. Quando pergunto por que eles são pobres, chamam-me de comunista. Se dou pão aos pobres, todos me chamam de santo. Se mostrar por que os pobres não têm pão, me chamam de subversivo”.
F. Vilemar F. Costa
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