segunda-feira, 28 de março de 2011

200 países, 200 anos em 4 minutos

Veja este vídeo falando sobre as condições de vida no mundo em 200 anos...

domingo, 27 de março de 2011

2012: Don Yeomans, cientista da NASA e coordenador do programa NEO, explica o que não vai acontecer em 2012


Don Yeomans, cientista e pesquisador sênior da NASA, responsável pelo programa de busca de asteróides potencialmente perigosos (NEO) publicou um artigo falando a respeito das verdades científicas sobre os alegados eventos de 2012. Vejamos a seguir o que ele disse…

Aparentemente há uma grande dose de interesse das pessoas em objetos celestiais, suas localizações e trajetórias ao final do ano de 2012 Eu pessoalmente adoro um bom livro ou um filme, tanto como você. Mas é importante ressaltar que o que estamos vendo no ciberespaço, na TV e nos cinemas sobre 2012 não é baseado em ciência. Existe até um falso website com ‘notícias da NASA’ na rede…

1. Nibiru, um objeto de grande porte em direção da Terra, simplesmente não existe!

Não existe nenhuma evidência confirmada – seja por telescópio ou por outros meios – que suporta a existência de tal objeto Nibiru. Também não há nenhuma evidência de quaisquer efeitos gravitacionais em quaisquer dos outros objetos (planetas, luas, asteróides, cometas, etc…) do sistema solar. Eu pessoalmente até gosto do nome “Nibiru”. Se eu for comprar um peixinho dourado para por em meu aquário (e farei isto em algum momento no inicio de 2013), “Nibiru” certamente estará na minha lista de nomes a dar ao peixinho .
2. O calendário Maia não termina em Dezembro de 2012

Assim como o calendário que nós temos na parede de nossas cozinhas e que não cessa no dia 31 de dezembro, o calendário Maia também não termina em 21 de dezembro de 2012. A data coincide simplesmente com o fim do período de ‘contagem – longa’ dos Maias, mas depois (da mesma forma que nossos calendários se reiniciam no dia 01 de janeiro) um novo período de ‘contagem – longa’ irá se iniciar para o calendário Maia.
3. Não há previsões de eventos astronômicos catastróficos em 2012

O Sol possui uma atividade cíclica com um período aproximado de 11 anos e a ocorrência do ciclo de máximo solar está prevista para ocorrer iniciando no período de 2010 a 2012. Entretanto, rotineiramente, a Terra pode enfrentar alguns períodos de intensa atividade solar, por eras, sem sofrer efeitos catastróficos. O campo magnético terrestre, que desvia as partículas iônicas carregadas emitidas pelo Sol de fato pode sofrer reversões em seus pólos a cada 400.000 anos, mas não existe qualquer evidência que uma reversão, que toma milhares de anos para se concretizar irá iniciar-se em 2012. Mesmo que um processo de reversão de milhares de anos estivesse hipoteticamente para ocorrer (não está!), tal jamais iria afetar a rotação da Terra nem tampouco a direção do eixo de rotação terrestre. Só mesmo o Super-Homem conseguiria fazer isso .
4. Os únicos empurrões gravitacionais que a Terra experimenta são provocados apenas pela Lua e pelo Sol

Não há alinhamentos planetários previstos para as próximas décadas. A Terra não irá cruzar o plano do disco da galáxia em 2012 e mesmo se tais alinhamentos porventura ocorressem, os efeitos na Terra seriam absolutamente desprezíveis. No mês de dezembro, em todos os anos, a Terra e o Sol se alinham de forma aproximada do centro da nossa galáxia, a Via Láctea. O ‘alinhamento galáctico’ é um evento comum que ocorre todos os anos, que não trás nenhum impacto em nosso planeta.
5. As previsões sobre o fim-do-mundo ou mudanças dramáticas a ocorrer em 21 de dezembro de 2012 são todas falsas.

Falsas ou incorretas previsões de ‘fim-do-mundo’ já foram antevistas diversas vezes nos últimos séculos na história humana. Os leitores devem ter sempre em mente, como disse Carl Sagan, que “alegações extraordinárias sempre necessitam de evidências extraordinárias” para suportá-las.


Para quaisquer alegações de desastres ou mudanças dramáticas por vir em 2012 , a responsabilidade de provar pertencem as pessoas que fazem estas suposições.

Onde está a ciência por trás das alegações? Onde estão as evidências comprobatórias? Não existem explicações plausíveis. Tratam-se de anúncios histéricos, irracionais , persistentes e até lucrativos, pois acarretam a venda de livros, filmes, documentários, bugigangas ou até mesmo propaganda comercial através da Internet. Estas falsas alegações não podem mudar os fatos reais: não existe nenhuma evidência confiável para quaisquer das supostas previsões de eventos incomuns a ocorrer em Dezembro de 2012.

sexta-feira, 25 de março de 2011

A elegância do comportamento

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento. É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza. É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto. É uma elegância desobrigada. É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca. É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas, por exemplo. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros. É possível detectá-la em pessoas pontuais. Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está. Oferecer flores é sempre elegante. É elegante não ficar espaçoso demais. É elegante você fazer algo por alguém, e este alguém jamais saber o que você teve que se arrebentar para o fazer ... porém, é elegante reconhecer o esforço, a amizade e as qualidades dos outros. É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro. É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais. É elegante retribuir carinho e solidariedade. É elegante o silêncio, diante de uma rejeição... Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto. Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante. É elegante a gentileza. Atitudes gentis falam mais que mil imagens...
Abrir a porta para alguém é muito elegante... Dar o lugar para alguém sentar... é muito elegante... Sorrir sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma... Oferecer ajuda... é muito elegante... Olhar nos olhos ao conversar é essencialmente elegante... Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo. A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os desafetos é que não irão desfrutá-la.

Adaptação de texto extraído do Livro: EDUCAÇÃO ENFERRUJA POR FALTA DE USO Henri Toulosse Lautrec (1864 -1901) - pintor francês e deficiente físico.

A era da espiritualidade

NÃO É SÓ FREUD QUEM QUESTIONA A NECESSIDADE DA RELIGIÃO À CIVILIZAÇÃO. ALÉM DOS REVOLUCIONÁRIOS FRANCESES E RUSSOS,
MARX, NIETZSCHE, SARTRE, COMTE,
DENTRE MUITOS FILÓSOFOS E CIENTISTAS
E INÚMEROS PENSADORES
QUESTIONAM A RELIGIÃO ATÉ MAIS QUE O CONCEITO DE DEUS
...
AFINAL, QUANTO SANGÜE FOI E É DERRAMADO EM NOME DO RELIGIOSO
...
CRISTÃOS, ISLÂMICOS, JUDEUS, BUDISTAS, HINDUÍSTAS... TODOS
COMETERAM AS MAIORES BARBÁRIES EM NOME DE SUAS CRENÇAS
...
NÃO DEFENDEMOS AQUI O ATEÍSMO
AO CONTRÁRIO, PARA FICAR CLARO
A EXISTÊNCIA DA ENERGIA UNIVERSAL CRIADORA
PARA NÓS É UM FATO ABSOLUTO
...
MAS NÃO PRECISAMOS DESSA RELIGIOSIDADE PRECONCEITUOSA E ASSASSINA, QUE AO LONGO DA HISTÓRIA FOMENTOU AS MAIORES DISCÓRDIAS E PERVERSÕES DA HUMANIDADE
...
A NOVA ERA CHEGOU
...
E COM ELA O TEMPO DA ESPIRITUALIDADE
...
ESPIRITUALIDADE COM BASE EM VALORES HUMANOS
E EM SÍMBOLOS DA PAZ, AMOR, CURA E SOLIDARIEDADE

...

SEJA BEM-VINDA A NOVA ERA

A ERA DA ESPIRITUALIDADE

Retirado do site: "centerin-rj"

Gostaria que esta era de paz chegue o mais breve possível, pois é muito difícil viver hoje em dia no meio de 'bandidos, psicopatas, ladrões, genocídas,...' como vivemos nos dias atuais. Durate muito tempo na terra, as pessoas se comportam desta forma. Gostaria de viver em lugar com espíritos superiores aos que estão na totalidade na terra. Chega de sofrimento, quero almerjar lares superiores. Deus que seus dias de mudança cheguem logo...

domingo, 20 de março de 2011

Aprender a ouvir

"Mas todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar". (Tiago, 1:19.)

"Analisar, refletir, ponderar são modalidades do ato de ouvir. É indispensável que a criatura esteja sempre disposta a identificar o sentido das vozes, sugestões e situações que o rodeiam. Sem observação, é impossível executar a mais simples tarefa no ministério do bem. Somente após ouvir, com atenção, pode o homem falar de modo edificante na estrada evolutiva. Quem ouve, aprende, Quem fala, doutrina".

Go Home Obama


GO HOME

O secretário de Movimentos Populares do PT do Rio de Janeiro, Indalécio Wanderley Silva, convocou uma plenária contra a visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, considerado "persona non grata no Brasil". Na reunião, movimentos sociais planejarão o que chamam de "grande manifestação" em repúdio ao presidente americano. Obama chegou ao Rio de Janeiro, acompanhado da mulher, Michelle, e das filhas, Malia e Sasha.


REPÚBLICA DE BANANAS

Ele na verdade veio afixar definitivamente os grilhões em nossos pés que na realidade começaram a ficar (mais) interessantes... e tentar justificar mais uma matança em massa nos paises árabes. É assim que eles agem. Todos sabemos que sempre fomos tratados como incompetentes, subdesenvolvidos e uma república de bananas pelos Norte Americanos. Eles entram aqui, a qualquer hora e dia, sem necessidade de visto. Nós, ao contrário, temos que pagar, preencher papeladas, aguardar agendamento e correr atrás de um visto, que não é garantia de entrada por lá. Portanto, quando resolver aparecer em terras tupiniquins, em alguma coisa estão interessados.


O PIOR

A degraça pior é que a imensa maioria são admiradores e só faltam ajoelhar aos pés deles. Milhares de pessoas são presas tentando invadir seu país pela fronteira do México e muitas morrem. E a quantidade de seguranças? Nem eu boto fé na nossa segurança, todavia aportaram por aqui FBI, CIA e sabe-se lá quem mais. Dois meses antes já haviam olheiros tomando conhecimento do ambiente. Chegaram ao absurdo de trazer junto com eles pessoas que experimentam antes qualquer alimento que ele vá consumir? Realmente é paranóia demais. Nossos chefs devem dever extremamente perigosos. Fico imaginando quando o Lula bateu por lá, ou a Dilma; provavelmente um verdadeiro exército saia atrás deles desinfetando tudo em que eles tocavam. Pensando bem, temos que cair na real, valorizar nosso voto, fazer com que nos respeitem e deixarmos definitivamente de pagarmos tamanho mico.

Retirado do site: "Guia São José".

Fortuna de Eike Batista soma US$ 27 bilhões, a oitava maior do mundo, segundo Forbes

Bilionário brasileiro tem riqueza aumentada em US$ 19,5 bilhões em 2009

O empresário Eike Batista parece estar no rumo de tornar-se o homem mais rico do mundo. Segundo a revista Forbes, o dono de empresas de mineração e petróleo deu um salto substancial no ranking dos bilionários. Sua fortuna aumentou US$ 19,5 bilhões, passsando para US$ 27 bilhões, a oitava maior do mundo.

Em 2009, ele aparecia na 61ª posição, com US$ 7,5 bilhões. Nunca um brasileiro alcançou posição tão alta no ranking da revista americana.

Em fevereiro, Eike Batista disse que pretende acumular US$ 100 bilhões nos próximos dez anos, praticamente a fortuna somada dos dois primeiros bilionários da lista da "Forbes": o mexicano Carlos Slim Helú, da Telmex, e o dono da Microsoft, Bill Gates.

Filho de Eliezer Batista, ex-presidente da Vale, Eike Batista alçou a liderança entre os bilionários brasileiros ao convencer investidores a aplicar em seus projetos de mineração, petróleo, logística, energia. Agora, aos 53 anos, prepara a abertura de sua empresa de construção de estaleiros.

Na segunda posição entre os bilionários brasileiros, Jorge Paulo Lemann, controlador da Anheuser-Busch Inbev, a maior cervejaria do mundo, dobrou o valor de sua fortuna: de US$ 5,3 bilhões para US$ 11,5 bilhões.

Em seguida, aparece o banqueiro Joseph Safra, com US$ 10 bilhões. Em 2009, sua fortuna era calculada em US$ 7 bilhões.

Diga-me como uma pessoa consegue acumular tanta riqueza em tão pouco tempo?

Eu não saberia o que fazer com tanto dinheiro?
Por quê tanto dinheiro, pois se nós somos seres que reencarnamos? Poderemos voltar pobres, pobres das famílias que foram lesadas destes privilégios.
Temos que fazer que todos tenham a igualdade de renda, pois assim seremos, no futuro, e em outras reencarnações, bem abastadas.
Tenho pena das pessoas que lesionam as outras levando-as a pobreza. Creio que sofrerão muito, quando deixar esta vida!


Veja esta repotagem do 60minutes com Eike Batista e falando sobre o Brasil:

sexta-feira, 11 de março de 2011

Para rir um pouco...

Veja o que uma menina pediu pelo telefone para uma firma de demolição...

Os 12 mandamentos do médico do S.U.S

1. Se você não sabe o que o paciente tem, dê Voltaren

2. Se você não entende o que viu, dê Benzetacil

3. Apertou a barriga e fez "ahhnnn", dê Buscopan

4.. Caiu e passou mal, dê Gardenal

5. Tá com uma dor bem grandona, dê Dipirona

6. Se você não sabe o que é bom, dê Decadron

7. Vomitou tudo que ingeriu, dê Plasil

8. A pressão subiu? Dê Captopril

9. Se a pressão deu mais uma grande subida, dê Furosemida

10. Chegou morrendo de choro, ponha no soro

11. Arritmia tá doidona, dê Amiodarona

12. Pelo não, pelo sim, dê Rocefin

P.S.: Se nada der certo, não tem neurose: diga que é só uma virose!!!


O PIOR É QUE É VERDADE!!!!

Um dia feito de vidro

Veja uma visão futurista para nossas vidas...

quarta-feira, 9 de março de 2011

O petróleo envenena a humanidade

por Jim Ash [*]

Crude World: The Violent Twilight of Oil. Uma coisa que se torna clara quando lemos o Crude World: The Violent Twilight of Oil é que o subtítulo é enganador. Um crepúsculo violento? O leitor pode julgar que vai ser levado ao terreno do escritor James Kunstler, que defende que a escassez global de petróleo, que se avizinha, vai virar do avesso as nossas vidas que assentam no petróleo, e fazer com que as famílias, desamparadas, fiquem dependentes das suas hortas para sobreviver.

Mas, na verdade, em Crude World, o jornalista americano Peter Maass está a transmitir uma mensagem diferente. Tal como Kunstler, parece que Maass acredita na teoria do Pico do Petróleo, ou seja, acha que os dias de petróleo relativamente barato estão a chegar ao fim. Mas, em vez de considerar esse crepúsculo como um desastre, parece que Maass o considera uma bênção salvadora. Vai forçar-nos a acabar com a nossa dependência de uma substância que tem envenenado o nosso meio ambiente e a nossa política, e tornado a vida muito pior para milhões de pessoas.

Para Maass, o petróleo é uma maldição. Esta parece ser uma afirmação bastante justa, pelo menos sob certos aspectos. Pouca gente afirmará que o petróleo e os seus subprodutos não são destrutivos para o ambiente, por exemplo. Mas Maass vai mais longe, e segue em direcções inesperadas, para mostrar que – a partir do momento em que é extraído do solo, durante toda a cadeia até ao momento em que é despejado no enorme tanque de gasolina de um veículo utilitário – o petróleo é um autêntico veneno.

E faz isso guiando o leitor numa visita por todo o mundo que o petróleo criou – o nosso mundo. E certamente parece ser o homem certo para um guia de viagem bem informado. Correspondente da velha escola, Maass viajou aos lugares mais perigosos do mundo para revistas como a Atlantic Monthly e a Slate. Pelo caminho, fez uma cobertura completa da guerra na Bósnia e transmitiu a sua experiência num livro chamado Love Thy Neighbor: A Story of War.

O método que usou em Crude World é uma série de instantâneos de diversas partes do mundo, demonstrando os modos como o petróleo afectou esses lugares. Os títulos dos capítulos que Maass utiliza para esses instantâneos – tais como 'Pilhagem', 'Contaminação' e 'Miragem' – ilustram bem quais são as suas conclusões.


Um pouco de sabedoria convencional que rapidamente é eliminada é a noção de que o petróleo é uma bênção para os países que possuem grandes reservas. Maass defende de modo convincente que quase nunca isso é verdade. Observa a experiência de países pobres como a Guiné Equatorial e a Nigéria para demonstrar que – no fim de contas – estariam melhor se deixassem ficar o petróleo debaixo do chão. Os únicos verdadeiros beneficiários foram as grandes companhias petrolíferas que os invadiram para explorar as novas 'apostas', e os governos tortuosos desses países e os seus amigalhaços, que enriqueceram com a maior parte dos direitos.

Maass explica como a própria extracção cria poucos postos de trabalho para os nativos dos países pobres dada a natureza pouco vulgar da indústria do petróleo: não é trabalho intensivo e os trabalhadores que utiliza precisam de ter aptidões especializadas, coisa que as grandes empresas petrolíferas acham mais fácil conseguir através de apoios importados da Índia e das Filipinas. Os únicos nativos que habitualmente ali trabalham são as prostitutas que afluem às cidades criadas pelo processo de extracção.

Mas Maass não ergue o machado contra os habituais suspeitos na história do petróleo, as gigantescas petrolíferas ocidentais como a Shell, a BP e a Chevron. Claro que o comportamento delas é frequentemente repreensível, e Maass fornece pormenores em abundância nesta área. Mas elas apenas fazem o que se exige que as empresas façam legalmente – maximizar os seus lucros – nalgumas das regiões mais corruptas do mundo. E Maass argumenta que as companhias nacionalizadas que as estão a substituir enquanto principais produtores mundiais, as CNOOC's e as Gazprom's, são exactamente tão gananciosas, resistentes às regulamentações e predatórias para o ambiente.

A recusa desapaixonada de Maass em individualizar os vilões é uma das forças de Crude World. Para ele, o problema não é uma determinada empresa, um país ou uma pessoa. Na verdade, o autor sabe que as pessoas e as suas instituições são gananciosas e de vistas curtas. O problema é a própria substância pegajosa: o petróleo. Enquanto concentração de pura riqueza e poder, o petróleo é simplesmente demasiado perigoso de manipular, porque maximiza todas as nossas piores tendências. O petróleo é como o anel de Sauron na trilogia de Tolkien; até mesmo os que tentam usar o seu poder para o bem acabam por ser arrastados para o lado mau.

Outro dos pontos importantes do livro é a forma cortante como está escrito. Mesmo que não concordemos com Maass, sentimo-nos obrigados a acabar a visita apenas para ficar a saber mais sobre as suas observações cínicas e cortantes. A perícia do autor como estilista é realçada num capítulo chamado 'Desejo', sobre o sangrento empenhamento da América no Iraque nas últimas décadas. Em 37 páginas, é uma mini proeza que rebenta com outro mito tão acarinhado quanto à obsessão dos EUA em relação ao Iraque: que tudo gira à volta do petróleo.

Claro, escreve Maass, o petróleo foi obviamente um factor dos ataques americanos ao Iraque. Mas há alguma coisa que não tenha sido um factor? A sua análise do desastre da ocupação americana, em que a única refinaria de Bagdad não foi devidamente protegida e foi completamente vandalizada por assaltantes, sugere que talvez não tenha havido uma lógica perfeita por detrás da invasão do Iraque. Conforme Maass escreve notavelmente na conclusão desse capítulo:

Nem os motivos de Cheney [Dick, o antigo vice-presidente dos EUA] nem os motivos da administração em que prestava serviço, podem ser resumidos numa só palavra. WMD [armas de destruição maciça], democracia, religião, Édipo, petróleo – a América era como um embriagado a remexer num molho de chaves durante a noite. (pg. 161)

E quanto ao crepúsculo do petróleo? Conforme referido atrás, Maass subscreve a teoria do Pico do Petróleo. Defende que a produção global do petróleo já ultrapassou o pico porque o fruto pendente – o petróleo de alta qualidade nos campos de superfície facilmente acessíveis – já foi colhido. O que resta é mais difícil, mais perigoso e mais dispendioso de extrair.

Isto significa que, no futuro, acidentes como o de Deepwater Horizon – que vomitou quantidades assustadoras de petróleo no Golfo do México – passarão a ser mais vulgares à medida que as gigantescas petrolíferas explorarem fontes cada vez mais marginais na tentativa de manter o seu ritmo de produção. Mas até mesmo isso não será suficiente, porque o consumo global vai continuar a aumentar. O resultado será o aumento em espiral do preço do barril e o fim da era do petróleo barato.

Onde é que estes factos nos levam? Onde devíamos ter estado logo de início, segundo Maass: num "mundo em que a prioridade não seja obter petróleo mas passar sem o petróleo". Maass não é Kunstler: acha que o crepúsculo do petróleo vai demorar anos, o que significa que temos tempo para evitar as previsões mais apocalípticas de Kunstler. E Maass acredita que já temos toda a tecnologia necessária para começar a transição para um mundo pós-petróleo. O que tem faltado até aqui é a vontade. Felizmente, não vamos ter possibilidade de escolha durante muito mais tempo.
# Crude World: The Violent Twilight of Oil , Peter Maass, Knopf, 2009, 288 pgs., ISBN-10: 1400041694.

[*] Escritor e editor, do Canadá.

O original encontra-se em http://www.atimes.com/atimes/Global_Economy/MB26Dj02.html .
Tradução de Margarida Ferreira.

Esta resenha encontra-se em http://resistir.info/ .

O plano secreto de Obama para armar rebeldes da Líbia

por Robert Fisk

E pensar que Obama ganhou o prêmio nobel da paz...

Obama pede aos sauditas uma ponte aérea com armas para Benghazi.

Desesperado para evitar o envolvimento militar dos EUA na Líbia no caso de uma luta prolongada entre o regime Kadafi e os seus opositores, os americanos pediram à Arábia Saudita que fornecesse armas aos rebeldes em Benghazi. O reino saudita, que já enfrenta um "dia da ira" proveniente do 10 por cento da comunidade muçulmana xiita, com uma proibição de todas as manifestações, até agora ainda não respondeu ao pedido altamente secreto de Washington, embora o rei Abdullah odeie pessoalmente o líder líbio, a quem tentou assassinar há pouco mais de um ano.

O pedido de Washington alinha-se com outras cooperações militares dos EUA com os sauditas. A família real em Jeddah, a qual estava profundamente envolvida no escândalo Contra durante a administração Reagan, deu apoio imediato aos esforços americanos para armar guerrilhas que combatiam o exército soviético no Afeganistão em 1980 e posteriormente – para desgosto da América – também financiou e armou o Taliban.

Mas os sauditas constituem o único aliado árabe dos EUA estrategicamente colocado e capaz de fornecer armas às guerrilhas da Líbia. A sua assistênci permitiria a Washington desmentir qualquer envolvimento militar na cadeia de fornecimento – muito embora as armas fossem americanas e pagas pelos sauditas.

Disseram aos sauditas que os oponentes de Kadafi precisam de rockets anti-tanque e morteiros como primeira prioridade para repelir ataques de blindados de Kadafi e de mísseis terra-ar para derrubar os seus caças-bombardeiros.

Os materiais poderiam chegar a Benghazi dentro de 48 horas mas precisariam ser entregues em bases aéreas na Líbia ou no aeroporto de Benghazi. Se as guerrilhas puderem então avançar para a ofensiva e assaltar as fortalezas de Kadafi na Líbia ocidental, a pressão política sobre a América e a NATO – não menor que a dos membros republicanos do Congresso – para estabelecer uma zona de interdição de voo seria reduzida.

Planeadores militares estado-unidenses já deixaram claro que uma zona desta espécie precisaria de ataques aéreos dos EUA contra o funcionamento das bases de mísseis anti-aéreos da Líbia, ainda que gravemente esgotados, portanto trazendo Washington directamente para a guerra ao lado dos opositores de Kadafi.

AWACS da US Navy. Durante vários dias, aviões de vigilância AWACS dos EUA têm estado a voar em torno da Líbia, fazendo contacto constante com o controle de tráfego aéreo de Malta e pedindo pormenores de padrões de voo líbios, incluindo jornadas feitas nas últimas 48 horas pelo jacto privado de Kadafi, o qual voou para a Jordânia e voltou à Líbia pouco antes do fim de semana.

Oficialmente, a NATO descreverá a presença de aviões AWACS americanos apenas como parte da sua Operation Active Endeavor pós 11/Set, a qual tem vasta autonomia para empreender medidas de contra-terrorismo na região do Médio Oriente.

Os dados dos AWACS são transferidos a todos os países da NATO sob o mandato existente da missão. Contudo, agora que Kadafi foi restabelecido como um super-terrorista no léxico ocidental, a missão da NATO pode facilmente ser utilizada para investigar alvos na Líbia se forem empreendidas operações militares activas.

O canal de televisão em inglês da Al Jazeera difundiu na noite passada gravações feitas pelo avião americano para o controle de tráfego aéreo de Malta, em que pedia informação acerca de voos líbios, especialmente o do jacto de Kadafi.

Um avião AWACS americano, matrícula número LX-N90442, podia ser ouvido a contactar a torre de controle de Malta no sábado a pedir informação acerca de um Dassault-Falcon 900 jet 5A-DCN da Líbia no seu caminho de Amman para Mitiga, o próprio aeroporto VIP de Kadafi.

Ouve-se o AWACS 07 da NATO dizer: "Tem informação acerca de um avião com a posição Squawk 2017 cerca de 85 milhas a Leste da nossa [sic]?"

O controle de tráfego aéreo de Malta responde: "Sete, isso parece ser o Falcon 900 – em nível de voo 340, com destino a Mitiga, segundo o plano de voo".

Mas a Arábia Saudita já está a enfrentar perigos de um dia de protesto coordenado pelos seus próprios cidadãos muçulmanos xiitas os quais, fortalecidos pelo levantamento xiita na ilha vizinha de Bahrain, na sexta-feira apelaram a manifestações de rua contra a família dirigente dos al-Saud.

Depois de despejar tropas e polícia de segurança no província de Qatif, na semana passada, os sauditas anunciaram uma proibição à escala nacional de todas as manifestações públicas.

Os organizadores xiitas afirmam que mais de 20 mil protestatários planeiam manifestar-se com mulheres nas linhas de frente para impedir o exército saudita de abrir fogo.

Contudo, se o governo saudita aceder ao pedido da América para enviar armas e mísseis aos rebeldes líbios, seria quase impossível para o presidente Barack Obama condenar o reino por qualquer violência contra os xiitas das províncias do Nordeste.

Portanto, no espaço de tempo de apenas umas poucas horas o despertar árabe, a exigência de democracia na África do Norte, a revolta xiita e o levantamento contra Kadafi tornaram-se embrulhados com as prioridades militares dos EUA na região.
07/Março/2011


O original encontra-se em The Independent e em http://www.countercurrents.org/fisk070311.htm

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .