sábado, 24 de setembro de 2011

A vulnerabilidade da democracria

por Marcos Coimbra

A democracia é o melhor dos regimes, apesar de não ser perfeita. Contudo, ela possui inúmeras vulnerabilidades, que são aproveitadas pelos totalitários de plantão, sejam eles filiados a uma ou outra corrente de pensamento. Tivemos exemplos no século passado, de um lado e de outro. Numa recordação de sistemas ideológicos antípodas, aparentemente, encontramos na Alemanha, Hitler, e na antiga URSS, Stálin. E é interminável a lista dos partidos e dos seus chefes que impuseram a ditadura, de fato, em inúmeros países, fingindo-se de democratas. Ao ganhar as eleições e empalmar o poder, transformam-se passo a passo, eliminando os obstáculos existentes, direta ou indiretamente, até implantar sub-repticiamente um regime totalitário, travestido sob uma capa aparentemente democrática.

Primeiro, fortalecem o partido base, de credo totalitário, nomeando milhares de integrantes para postos estratégicos na administração do Executivo sob seu comando. Celebram então alianças espúrias com partidos que não são capazes de sobreviver longe do poder, concedendo-lhes um naco do butim. Consolidam desta forma um bloco governista servil, dócil, um verdadeiro prato de ovos com bacon. Somente, o partido totalitário entra com os ovos, como a galinha, enquanto seus aliados colaboram com o bacon, como os porcos (que são exterminados no ato da doação), dominando o Legislativo.

Em seguida, vão dominando os cargos no Judiciário com a nomeação de apaniguados, em especial para as mais altas Cortes do país. Em paralelo, vão estimulando um progressivo processo de deterioração de todas as Instituições Nacionais, principalmente aquelas capazes de reagirem contra a implantação do regime de força, como as Forças Armadas. Partem também para a cooptação das classes empresariais, oferecendo-lhes a oportunidade de obtenção de ganhos vultosos, em licitações suspeitas e legislação simpática. É exemplo característico a permissão dada ao segmento financeiro, bem como a grandes empreiteiras, de ganhar o que quiserem, sem o devido controle.

O passo seguinte é o controle dos meios de comunicação, em parte já reféns de verbas publicitárias sob o controle de um órgão central, diretamente vinculado aos detentores do poder político. Mas eles querem mais. Seu verdadeiro objetivo é calar definitivamente qualquer corrente expressiva ainda não subordinada ao seu jugo. Então é chegada a hora da adoção da denominada “democracia plebiscitária”, onde conseguem aprovar qualquer coisa desejada, aproveitando-se da ausência de oposição, da força avassaladora de seu poder e da falta de educação do povo, fragilizado pelo deficiente sistema educacional, propositadamente, de forma a transformá-lo em manada, incapaz de pensar. Votam com a emoção, não com a razão. É chegada a hora então de alterar a Constituição em vigor, permitindo a reeleição sem limite, alterando-a de forma a subverter o processo democrático, como é o exemplo da eleição com lista fechada e praticando o nepotismo eleitoral. O poder passa das mãos do ex-presidente para um continuador(a) do processo, É frequente o emprego crescente de políticas assistencialistas e clientelistas para assegurar o voto da maioria das parcelas mais pobres da população em seus candidatos.

No plano externo, concedem às grandes potências colonialistas aquilo que desejam, ou seja, seus recursos naturais e até mesmo o território do país, por via indireta, com pretextos vários, como demarcação de áreas indígenas, de quilombolas, ou algo semelhante. Cedem a qualquer exigência de países com a mesma ideologia, subtraindo do seu povo recursos escassos em benefício do povo de outras nações. Como são internacionalistas, independentemente de orientação ideológica, demonstram seu desprezo pelos valores, tradições e ideais dos nossos antepassados. Procuram reescrever a história, da forma como melhor lhes aprouver, objetivando a formação de um pensamento único, totalitário, tão bem exemplificado pelo genial escritor George Orwell (Eric Blair) em seu profético livro 1984.

Presenciamos em nosso entorno, infelizmente, vários exemplos significativos desta ação, com algumas nuances, em diversos estágios. Venezuela, Bolívia, Equador, Paraguai, Uruguai, Argentina e outros. A Colômbia já atravessa um processo híbrido de transição e o Chile está em crise, com um presidente não pertencente a esta linha de procedimento submetido a um ataque feroz, que tem o nítido propósito de derrubá-lo.

O leitor está encontrando algum exemplo de um país próximo submetido a processo semelhante? Se não vejamos. No antigo Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, sob a direção do seu então chefe Luiz Gushiken , um dos cenários prospectivos traçados partia da premissa de que Lula seria o presidente da República em 2022, ano de comemoração do bicentenário da independência do Brasil. Isto é possível com seu retorno ao poder em 2014, sendo reeleito em 2018 e permanecendo no poder até 2022.

Será que isto não é o bastante para despertar a indignação do povo e motivar o início de uma campanha de âmbito nacional para evitar a perda da nossa democracia? O país já perdeu muito e é chegada a hora de lutar para resgatar o que foi perdido. Vamos combater, ombro a ombro, para preservar o futuro de nossos descendentes. Eles não nos perdoarão, caso não saibamos cumprir nosso dever.

Prof. Marcos Coimbra
Conselheiro Diretor do CEBRES, Titular da Academia Brasileira de Defesa e da Academia Nacional de Economia e Autor do livro Brasil Soberano.
mcoimbra@antares.com.br
www.brasilsoberano.com.br

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

ONU - Você representa quem?

A Organização das Nações Unidas nem é Unida, nem é uma organização, mas sim, um clube para troca dos interesses comerciais e que comunidade das Nações representa? Ninguém votou para ela. Portanto, falar sobre a ONU e democracia na mesma frase é tão ridícula como afirmar que a União Europeia é democrática.

Na verdade, falar de "democracia" é tão absurdo como é hilariante pois o único sistema verdadeiramente democrático de governo é a Jamahiriya líbia, pensada e implementada por Muammar al-Qathafi - um sistema baseado na auto-regulação de comunidades chamadas Conselhos Populares, que decidem quem são seus líderes, elaboram planos para o financiamento e equipamentos que precisam, fazem a requisição ao Conselho Central e o papel do governo nacional é distribuir a riqueza e servir os interesses do povo.

E cá vem a ONU, falando de "democracia". Mas quê "democracia"? Ninguém votou a favor da Organização das Nações Unidas. Então que direito tem um punhado de membros efetivos, em seu Conselho de Segurança, para implementar uma política que pode ter um efeito direto sobre nossas vidas? E quão "democráticos" são os Estados-Membros em apoiar as políticas que são implementadas - políticas que cada vez mais carimbam as aventuras colonialistas da OTAN?

Vamos dar uma olhada no Reino Unido de David Cameron, por exemplo. Aqui está um homem eleito por uma minoria da sua população - então por quê ele está representando a nação? Ele foi eleito pelos eleitores dos Trabalhistas? Ele foi eleito pelo Plaid Cymru? Ele foi eleito pelo Partido Liberal Democrata? E quantas pessoas votaram a favor do Vice-Primeiro-Ministro, Nicholas Clegg? Então, por que ele é Vice-Primeiro Ministro? Por quê é que a política externa da Grã-Bretanha, em parte, está controlada pela OTAN? Ninguém votou para a OTAN. E será que alguém no Reino Unido votou a favor do controlo das suas políticas financeiras pela União Europeia?

Será que David Cameron, Nicolas Sarkozy e Barack Obama, os Senhores da OTAN, escutaram quando o governo líbio Jamahiriya se ofereceu para realizar eleições livres e justas? Não, eles se recusaram. E qual será o futuro? Vejam este espaço, enquanto são feitas tentativas de marginalizar a Jamahiriya e eliminá-la de qualquer processo eleitoral futuro.

A verdade da questão é que a maioria das pessoas na Líbia são contra esta guerra da OTAN, a maioria das pessoas na Líbia desprezam os membros do CNT como os terroristas que são - elementos deste flagelo estão listados nos bancos de dados antiterroristas ocidentais e a maioria das pessoas na Líbia está a favor do governo Jamahiriya.

Então que direito tem esta Organização das Nações Unidas para começar a nomeação de grupos de "apoio"? Com amigos destes... Onde estava a ONU quando esta sujeira terrorista começou incendiando edifícios e decapitando pessoas negras na rua, saqueando propriedades do Estado e privadas? Onde estava a ONU para defender Muammar al-Qathafi - o homem que eles estavam planejando premiar com um galardão humanitário - destas hordas demoníacas de racistas?

Será que a ONU admite que apoia terroristas e racistas? Nesse caso, esta organização não representa a minha idéia de uma Organização das Nações Unidas, ele não representa os ideais estabelecidos na sua própria Carta e não representa um fórum que tem o direito de reclamar qualquer responsabilidade para defender ou formular a lei internacional.

É evidente que esta questão da Líbia não tem nada a ver com a democracia ou proteger os civis - a OTAN, apesar de tudo, comete massacre após massacre, e nem sequer se preocupa hoje em pedir desculpas. Só vira as costas como o bando de criminosos insensível, de sangue-frio e assassino, que é.

Trata-se do desmantelamento da União Africana, trata-se de destruir as instituições da África e entregá-las de volta para ex-potências coloniais, aleijando a Comunidade Africana das Nações, prejudicando os africanos, mais uma vez aprisionando-os com amortizações de juros altíssimas, trata-se de canalizar os recursos da África para fora, desta vez gratuitamente, política ajudada pela ONU, ajudada pelos líderes africanos que olham inertes com as mãos nos bolsos, ajudada por aqueles que reconhecem e apoiam o que só pode ser chamada uma organização terrorista.

Este não é o meu mundo, esta não é a minha comunidade internacional, esta não é minha ONU - não foi capaz de representar a minha vontade, não conseguiu representar os desejos nos corações e mentes da comunidade mundial e, como tal, não existe mais como algo digno de respeito - é um clube de troca de interesses comerciais entre aqueles que não foram eleitos e, portanto, não têm o direito de permutar os recursos do mundo entre eles.

É o momento certo para criar uma nova comunidade internacional, é hora de uma nova abordagem, é o momento para o Estado de Direito ser aplicado igualmente a todos, é hora de responsabilizar esse punhado de líderes políticos, que coabita entre os 7 bilhões de pessoas na comunidade mundial, pelas suas ações. O mundo não pertence a eles, é nosso!

Timothy Bancroft-Hinchey
Pravda.Ru


Nota: A noção de que Muammar al-Qathafi deve parar de lutar é tão ridícula como é dizer a um dono da casa que ele deve entregar as chaves para um intruso que tenha entrado pela janela, que tenha estuprado sua esposa e que matou seus filhos. Nesta situação você luta com tudo que tem e tenta infligir o máximo de danos quanto você pode ... Se você é Homem, é claro!

Crise terminal do capitalismo

Leonardo Boff - Teólogo, filósofo e escritor

Tenho sustentado que a crise atual do capitalismo é mais que conjuntural e estrutural. É terminal. Chegou ao fim o gênio do capitalismo de sempre adaptar-se a qualquer circunstância. Estou consciente de que são poucos que representam esta tese. No entanto, duas razões me levam a esta interpretação.

A primeira é a seguinte: a crise é terminal porque todos nós, mas particularmente, o capitalismo, encostamos nos limites da Terra. Ocupamos, depredando, todo o planeta, desfazendo seu sutil equilíbrio e exaurindo excessivamente seus bens e serviços a ponto de ele não conseguir, sozinho, repor o que lhes foi sequestrado. Já nos meados do século XIX Karl Marx escreveu profeticamente que a tendência do capital ia na direção de destruir as duas fontes de sua riqueza e reprodução: a natureza e o trabalho. É o que está ocorrendo.

A natureza, efetivamente, se encontra sob grave estresse, como nunca esteve antes, pelo menos no último século, abstraindo das 15 grandes dizimações que conheceu em sua história de mais de quatro bilhões de anos. Os eventos extremos verificáveis em todas as regiões e as mudanças climáticas tendendo a um crescente aquecimento global falam em favor da tese de Marx. Como o capitalismo vai se reproduzir sem a natureza? Deu com a cara num limite intransponível.

O trabalho está sendo por ele precarizado ou prescindido. Há grande desenvolvimento sem trabalho. O aparelho produtivo informatizado e robotizado produz mais e melhor, com quase nenhum trabalho. A consequência direta é o desemprego estrutural.

Milhões nunca mais vão ingressar no mundo do trabalho, sequer no exército de reserva. O trabalho, da dependência do capital, passou à prescindência. Na Espanha o desemprego atinge 20% no geral e 40% e entre os jovens. Em Portugal 12% no país e 30% entre os jovens. Isso significa grave crise social, assolando neste momento a Grécia. Sacrifica-se toda uma sociedade em nome de uma economia, feita não para atender as demandas humanas, mas para pagar a dívida com bancos e com o sistema financeiro. Marx tem razão: o trabalho explorado já não é mais fonte de riqueza. É a máquina.

A segunda razão está ligada à crise humanitária que o capitalismo está gerando. Antes se restringia aos países periféricos. Hoje é global e atingiu os países centrais. Não se pode resolver a questão econômica desmontando a sociedade. As vítimas, entrelaças por novas avenidas de comunicação, resistem, se rebelam e ameaçam a ordem vigente. Mais e mais pessoas, especialmente jovens, não estão aceitando a lógica perversa da economia política capitalista: a ditadura das finanças que via mercado submete os Estados aos seus interesses e o rentismo dos capitais especulativos que circulam de bolsas em bolsas, auferindo ganhos sem produzir absolutamente nada a não ser mais dinheiro para seus rentistas.

Mas foi o próprio sistema do capital que criou o veneno que o pode matar: ao exigir dos trabalhadores uma formação técnica cada vez mais aprimorada para estar à altura do crescimento acelerado e de maior competitividade, involuntariamente criou pessoas que pensam. Estas, lentamente, vão descobrindo a perversidade do sistema que esfola as pessoas em nome da acumulação meramente material, que se mostra sem coração ao exigir mais e mais eficiência a ponto de levar os trabalhadores ao estresse profundo, ao desespero e, não raro, ao suicídio, como ocorre em vários países e também no Brasil.

As ruas de vários países europeus e árabes, os "indignados" que enchem as praças de Espanha e da Grécia são manifestação de revolta contra o sistema político vigente a reboque do mercado e da lógica do capital. Os jovens espanhóis gritam: "não é crise, é ladroagem". Os ladrões estão refestelados em Wall Street, no FMI e no Banco Central Europeu, quer dizer, são os sumossacerdotes do capital globalizado e explorador.

Ao agravar-se a crise, crescerão as multidões, pelo mundo afora, que não aguentam mais as consequências da superexploracão de suas vidas e da vida da Terra e se rebelam contra este sistema econômico que faz o que bem entende e que agora agoniza, não por envelhecimento, mas por força do veneno e das contradições que criou, castigando a Mãe Terra e penalizando a vida de seus filhos e filhas.

[Leonardo Boff é autor de Proteger a Terra-cuidar da vida: como evitar o fim do mundo, Record 2010]

domingo, 18 de setembro de 2011

Tome uma decisão!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A instrumentalização das Forças Armadas

Escrito por Ivanaldo Santos

No Brasil, o PT está usando a tese de Louis Althusser para instrumentalziar o Estado em seu próprio benefício.

A partir da década de 1970 foi sendo popularizado o conceito de Aparelhos Ideológicos do Estado (AIE) desenvolvido pelo filósofo marxista Louis Althusser. No livro Aparelhos ideológicos de Estado, um livro muito popular entres os marxistas, Althusser defende a tese que o Estado é uma entidade autônoma e quase absoluta, uma espécie de semi-Deus. Por causa disso o Estado controla, planeja e orienta tudo dentro da vida social. E o Estado realiza essa gigantesca tarefa por meio dos Aparelhos Ideológicos do Estado (AIE). Para Althusser, o Estado usa os AIE para orientar e controlar a cultura e as consciências individuais. Para ele os principais AIE são a escola, a religião, a família, o poder político, especialmente o parlamento, e a mídia. No entato, Althusser f az uma ressalva em sua teoria. Para ele os Aparelhos Ideológicos do Estado estão a serviço apenas da burguesia e da elite econômica. As outras classes sociais, sejam quais forem, por algum princípio que o próprio Althusser não explicou, se, por acasso, tomarem o poder político não usarão os Aparelhos Ideológicos do Estado.

É claro que a burguesia faz uso dos Aparelhos Ideológicos do Estado. Desde a antiguidade greco-romana que o Estado faz uso de estruturas não estatais para colocar em prática suas políticas e sua forma de organização social. Por causa disso, desde o mundo antigo existe uma luta antagônica entre o Estado e a sociedade civil. Todavia, há duas possibilidades de se compreender a tese de Althusser. Primeira, ele é um filósofo muito ingênuo, pois acredita que apenas o Estado burguez faz uso dos Aparelhos Ideológicos do Estado. Segunda, na condição de filósofo marxista e, logo, preocupado com a tomada do poder pela esquerda, ele está dando conselhos de como a esquerda deve controlar o Estado e, quase que ao mesmo tempo, a sociedade.

No Brasil parece que a segunda possibilidade está sendo posta em prática, desde que o PT chagou ao poder. O PT é um partido que está tentando aparelhar o Estado, ou seja, tornar amplos setores do Estado como parte integrante, íntima, do próprio partido. Com isso, não haverá mais diferença entre o PT e o Estado. Será o PT-Estado ou o Estado-PT. O PT abandonou o velho jargão que dizia que apenas o Estado burguês faz uso dos Aparelhos Ideológicos do Estado e, por sua vez, está aparelhando o Estado a seu gosto. O PT está transformando o Estado na sua própria imagem e semelhança.

O mais recente capítulo da tentativa de instrumentalização do Estado por parte do PT diz respeito às Forças Armadas. E esse capítulo teve seu ponto mais forte com a nomeação e posse de Celso Amorim como ministro da defesa. Celso Amorim é um velho marxista, que sempre acreditou e lutou pelas teses de dominação de classe pregadas pelo marxismo.

É preciso recordar o velho sonho, nutrido pela elite esquerdista nacional, de transformar o Brasil numa espécie de grande Cuba. O Brasil seria, em tese, a grande nação marxista da América Latina e talvez do mundo. Essa elite pensa da seguinte forma: o marxismo trouxe fome, morte e destruição para diversos países no mundo, mas no Brasil será tudo diferente. O Brasil será finalmente o paraíso marxista, onde haverá uma saudável ditadura do proletariado e a democracia, um valor burguês decadente, será esquecida e enterrada.

Uma das estruturas sociais que podem atrapalhar os planos da esquerda nacional e internacional para o Brasil são as Forças Armadas. Apesar de todos os problemas que as Forças Armadas enfrentam (baixos salários, falta de equipamentos, deficiência na formação dos oficiais, etc), elas ainda são um fator de proteção nacional e um empecilho ao projeto de dominação total do Estado por parte do PT e da esquerda.

A ida de Celso Amorim, um estrategista da esquerda e um marxista radical, ao comando das Forças Armadas visa, entre outras coisas, minar essa resistência. Na verdade o PT está colocando em prática o plano de infiltração e controle das altas esferas do Estado. E, com isso, instrumentalizar o Estado em seu próprio benefício, criando o tão sonhado “Estado-PT”.

O projeto de Celso Amorim não é o de reequipamento e modernização das Forças Armadas. Pelo contrário, ele deseja fazer com que elas deixem de ser forças de segurança nacional e, por isso, defensoras do povo brasileiro, e passem a ser partes do PT – serão as FA do PT – e, por causa disso, defendam os interesses do PT e não da nação. Estamos diante do maior projeto de instrumentalização das formas armadas nacionais. Parece que a tese de Louis Althusser de que os Aparelhos Ideológicos do Estado (AIE) estão a serviço apenas da burguesia, está errada. No Brasil, o PT está usando a tese de Louis Althusser para instrumentalizar o Estado em seu próprio benefício. E o mais recente capítulo dessa instrumentalização é das Forças Armadas.


Ivanaldo Santos, filósofo e professor na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, é autor de oito livros.

07 de setembro de 1822-189 depois

Hoje o sentimento de brasilidade e de amor a pátria perdeu o vigor, 07 de setembro perdeu o seu brilho, volto a minha adolescência deslumbrado com as fanfarras norteando militares, colégios, ex-pracinhas que desfilavam com todo garbo transpirando amor á patria.

07 de setembro ficou na história como a data inicial para o crescimento brasileiro, pelo menos foi assim que aprendi nos bancos escolares.

Não tenho dúvidas que a independencia do Brasil é um dos fatos mais importante da nossa história, pois marca o fim do dominio português e a conquista da nossa autonomia politica.

Muitas tentativas ocorreram e muitos morreram na luta por esse ideal, exemplo maior, o nosso Tiradentes, foi executado pela coroa portuguesa por defender a liberdade de nossa pátria.

Estamos em 2011 e 189 anos depois e cheio de dúvidas eu lhes pergunto: A nossa independência realmente existiu? Somos verdadeiramente livres? Por que 07 de setembro não é mais comemorado com o mesmo entusiasmo? Somos ingratos? Caimos na real?

A realidade é que sempre vivemos sob o dominio de um poder político podre, corrupções, falcatruas, enriquecimentos ilícitos, lavagem de dinheiro, imunidade, impunidade, assistencialismo eleitoreiro, esse sempre foi o retrato do Brasil, ampliado a cada ano que entra.

O direito de ir e vir nos foi negado, assaltos, tráfico de drogas, sequestros, vivemos enjaulados e entregues a própria sorte, fomos iludidos em nossas pretensões de ser um Brasil melhor e mais humano.

A cada governo que entra seja ele de direita, centro ou de esquerda a situação moral e cívica do país piora.

07 de setembro é um dia de reflexão para todos nós brasileiros. Somos fraternos? Éticos? Educados? O politico eleito não é o nosso retrato?

O nosso CAVALO é a vergonha na cara, a nossa ESPADA é o voto e o nosso GRITO é na urna. E quem sabe um dia os nossos frustrados mártires ouvirão o grito retumbante de um povo submerso: INDEPENDÊNCIA É VIDA!!!!

Podemos tornar o nosso país uma nação decente, nos melhorando como pessoas, nos educando, nos blindando com a ética, honestidade, gratidão, fraternidade e expulsando com a ESPADA do voto os incompetentes, oportunistas e ladrões.

Somos covardes, resignados aceitamos passivamente a dependência com medo de encarar a luta pela INDEPENDÊNCIA.


Benedito Morais de Carvalho(benê) M.M.
A.R.L.S.Frederico II O Grande-2781-Oriente de São Paulo

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Falta de perdão

Perdoar significa soltar ressentimentos, mágoas e culpas. Libertar o que aconteceu e olhar para frente. Quanto mais perdoamos, menos bagagem interior carregamos, gastando menos energia ao alimentar as feridas do passado. Mais do que uma regra religiosa, o perdão é uma atitude inteligente daquele que busca viver bem e quer seus caminhos livres, abertos para a felicidade. Quem não sabe perdoar os outros e a si mesmo fica 'energeticamente obeso', carregando fardos passados.