sábado, 30 de abril de 2011

Entropia

A desordem sempre estará entre nós.
Vivemos numa sociedade na qual a desordem parece estar sempre aumentando. Não é difícil lembrar do caos que se instala no trânsito urbano de grandes cidades e das variações climáticas catastróficas vistas recentemente. Ainda que o senso comum diga que somos responsáveis por parte dessa balbúrdia, a maioria de nós nem imagina que essa seja uma das manifestações mais fundamentais e intrigantes da natureza, conhecida como princípio do aumento da entropia. Essa palavra estranha, entropia, representa uma medida da desordem e pode ser entendida com a ajuda de alguns exemplos da vida diária.
Imagine uma grande biblioteca, muito bem organizada, com todos os livros arrumados de maneira lógica e sequencial. Esse seria um sistema de baixa entropia (ou baixa desordem). O que aconteceria com essa organização se a biblioteca fosse deixada ao acaso? Basta pensar naquele vai e vem dos usuários tirando livros daqui e dali. Em pouco tempo, essa biblioteca estaria uma bagunça! Para encontrar um único livro você poderia levar horas a fio e gastar tanta energia a ponto de desistir da busca. A entropia da biblioteca bagunçada seria bem mais alta se comparada ao estado inicial.
Outro exemplo do aumento de entropia aparece na interação entre pessoas numa empresa. O que ocorre quando um colega de trabalho conta fofocas ou mentiras a respeito de outros colegas? Todas as pessoas envolvidas ficam muito bravas e a estória tende a crescer ao ponto de interferir na produtividade do grupo. Muita “energia pessoal” é desperdiçada em algo que não tem nada a ver com os interesses da empresa. Como resultado, o grupo de colegas perde seu foco, ficando mais desorganizado, o que eleva a sua entropia.
Buscando por ordem nos sistemas mencionados, você poderia perguntar: será que é possível, de alguma forma, reorganizar o que foi desorganizado e voltar à estaca zero, sem deixar nenhum vestígio de tudo que ocorreu?
A resposta é um sonoro não! No caso da biblioteca, a princípio seria possível reorganizar os livros e ver a biblioteca como era no estado inicial, mas o próprio uso dos livros deixa vestígios que não podem ser apagados. Mesmo que a recolocação de cada livro ao lugar de origem seja feita com o maior cuidado possível, pequenos defeitos na capa e nas folhas seriam notados e isso significa que a reorganização não é perfeita; o processo de desordenar livros não pode ser revertido completamente.
O mesmo vale para as fofocas no trabalho, mesmo que o colega que as proferiu peça desculpa a todos, seria impossível retornar ao estado inicial (antes das fofocas) porque a memória dos colegas não pode ser apagada facilmente e muitos deles se lembrarão daquela confusão muitos anos depois. Logo, o processo de reorganização, representado pela retratação do colega fofoqueiro, não é perfeito, o processo de contar fofocas é irreversível e parte da entropia permanece no grupo.
Os dois exemplos descritos não parecem tão dramáticos a ponto de causar o aumento da desordem de modo geral, pois, aparentemente, eles deixam apenas uma quantidade pequena de desordem em nossas vidas. Mas se você imaginar que TUDO o que fazemos no dia-a-dia aumenta a entropia ao nosso redor, a sua opinião pode mudar de maneira significativa. O fato de ler, estudar, pensar, correr, brigar, trabalhar etc., tudo que realizamos gera entropia, mesmo que em alguns casos a geração seja imperceptível ou quase desprezível. O problema é que todos nós geramos um pouquinho dessa desordem! Se pensarmos no aumento diário da população mundial, da frota de carros, do lixo produzido, da energia e comida consumidas, não é difícil concluir que seguimos num caminho cuja desordem sempre aumenta. Isso sem falar dos eventos naturais que independem do ser humano.
É curioso perceber que mesmo que gastemos tempo e energia a fim de reverter a desorganização de nossas vidas, não podemos evitá-la por completo; sempre ficam vestígios do passado, não importando o grau de cuidado e detalhamento que tenhamos. A natureza segue as suas próprias leis, não importando o que fazemos ou deixemos de fazer; o universo segue numa direção de aumento da desordem. E não adianta se descabelar, porque isso também contribui para essa tendência natural.

Professor Fabiano G. Wolf, Dr. - Professor e pesquisador do Centro de Engenharia da Mobilidade (CEM) Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Campus de Joinville - joana@bu.ufsc.br

Dominar a língua

Dominas o fogo, escravizando-o à lide caseira.
Burilas a pedra, arrancando-lhe obras primas.
Conquistas os metais, neles plasmando complicadas expressões de serviço.
Amansas os animais ferozes, deles fazendo cooperadores na economia doméstica.
Disciplinas o vapor e o combustível, anulando as distâncias.
Diriges tratores pesados, transfigurando a face da gleba.
Submetes a eletricidade, e glorificas a civilização.
Retiras o veneno de serpentes temíveis, fabricando remédios.
Senhoreias a energia nuclear, e começas alterar, com ela, a fisionomia do mundo.
Controlas a velocidade, e inicias excursão para além do Planeta.
Entretanto, ai de nós! Todos trazemos leve músculo selvagem, muito distante da educação.
Com ele, forjamos guerra.
Libertamos instintos inferiores.
Destruímos lares.
Empestamos vidas alheias.
Envilecemos o caminho dos outros.
Corrompemos o próximo.
Revolvemos o lixo mortal da Terra.
Veiculamos o pessimismo.
Criamos infinitos problemas.
Injuriamos.
Criticamos.
Caluniamos.
Deprimimos.
Esse órgão minúsculo é a língua – lâmina pequenina, embainhada na boca.
Instrumento sublime, feito para louvar e instruir, ajudar e incentivar o bem, quantas vezes nos valemos dela para censurar e vergastar, perturbar e ferir!….
Governemo-la, pois, transformando-a em leme de paz e amor, no barco de nossas vidas! E, alicerçados nas lições do Evangelho, roguemos a Deus nos inspire sempre a dizer isso ou aquilo como o próprio Jesus desejaria ter dito.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Mengão rumo a Tókio

Frase do dia

Se Você Não Gosta De Gírias, Fale Difícil!!!

1 - Prosopopéia flácida para acalentar bovinos.
(Conversa mole pra boi dormir);

2 - Colóquio sonolento para bovino repousar.
(História pra boi dormir);

3 - Romper a face.
(Quebrar a cara);

4- Creditar o primata.
(Pagar o mico);

5 - Inflar o volume da bolsa escrotal.
(Encher o saco);

6 - Derrubar, com a extremidade do membro inferior, o suporte sustentáculo de uma das unidades de proteção solar do acampamento.
(Chutar o pau da barraca);

7 - Deglutir o batráquio.
(Engolir o sapo);

8 - Derrubar com intenções mortais.
(Cair matando);

9 -Aplicar a contravenção do João, deficiente físico de um dos membros superiores..
(Dar uma de João sem braço);

10 -Sequer considerando a utilização de um longo pedaço de madeira.
(Nem a pau);

11 - Sequer considerando a possibilidade da fêmea bovina expirar fortes contrações laringo-bucais.
(Nem que a vaca tussa);

12 - Sequer considerando a utilização de uma relação sexual.
(Nem fudendo);

13 - Derramar água pelo chão, através do tombamento violento e premeditado de seu recipiente com a extremidade do membro inferior.
(Chutar o balde);

14 - Retirar o filhote de eqüino da perturbação pluviométrica.
(Tirar o cavalinho da chuva);

Essa última foi tirada do mais culto livro de palavras clássicas da língua portuguesa:

15 - A bucéfalo de oferendas não perquiris formação ortodôntica!
(A cavalo dado não se olham os dentes!);