sábado, 9 de março de 2013

A Ilusão e o Desencanto


Certo rei muito poderoso, sendo obrigado a longa ausência, tomou de grande fortuna e entregou-a ao filho, confiando-lhe a incumbência de construir grande casa, tão bela quanto possível.
Para isso, o tesouro que lhe deixava nas mãos era mais que suficiente. Acontece, porém, que o jovem, muito ambicioso e egoísta, arquitetou um plano para enganar o próprio pai, a fim de gozar todos os prazeres imediatos da vida, e usou a fortuna comprando materiais inferiores para a obra. Onde lhe cabia empregar metais raros, utilizava latão; nos lugares em que devia colocar o mármore precioso, punha madeira barata;
e nos alicerces, onde a construção reclamava pedra sólida, aplicava terra batida... Com isso, economizou largas somas que consumiu, junto de amigos rebeldes.
Quando o monarca voltou, surpreendeu o príncipe abatido e cansado, a apresentar-lhe uma cabana defeituosa e pobre,ao invés de uma casa nobre.
O rei, no entanto, deu-lhe a chave do pequeno casebre e disse-lhe, bondoso:
- A casa que mandei edificar é para você mesmo, meu filho... Não é a residência que sempre sonhei para ti, mas devo estar satisfeito com a que você próprio escolheu...

A ignorância e o egoísmo são as maiores causas do nosso sofrimento. Comparemos o soberano do relato acima a Deus, nosso Pai. O príncipe da história poderia ser qualquer um de nós. A fortuna para construirmos nossa moradia são todos os recursos com que Deus nos abençoa na vida: a inteligência, a saúde, o trabalho, o livre arbítrio para decidirmos nosso próprio caminho. Quase sempre, contudo, gastamos o tesouro da existência em caprichosas ilusões, e acabamos relegados ao sofrimento, gerado pelo mal uso que fazemos da fortuna que Deus coloca à nossa disposição. Mas, aquele que se consagra à bênção do dever, por mais áspero que seja, adquire a tranquilidade e a paz que o Supremo Senhor lhe reserva, por executar, fiel, a sua divina vontade,
que planeja sempre o melhor para seus filhos.

quinta-feira, 7 de março de 2013

O irascível

...Agora vou revelar-vos um segredo que, se compreendido por um ser irascível ou perturbador, desvia-lo-á dessa atividade destrutiva, ainda que apoiado num ponto de vista egoísta. A pessoa irritada, propensa a condenar, que emite pensamentos, sentimentos ou palavras destrutivas contra outra - que está firmada no seu próprio poder - recebe de volta a má qualidade com que carregou esse poder, enquanto que a pessoa equilibrada recebe a energia que a abastece e que automaticamente requalifica pelo seu próprio equilíbrio. Assim, o criador de discórdia, através de raiva e condenação, por si se destrói, seu mundo de atividade e seus negócios...

...Sempre que alguém tenha consciência de haver cometido um erro, seu primeiro ato deve ser: invocar a Lei do Perdão e pedir sabedoria e força para não cometer o mesmo erro uma segunda vez. Sendo Deus todo Amor, tem uma Paciência Infinita, e não obstante a quantidade de erros cometidos é sempre permitido, uma vez mais, "Levantar e caminhar para o Pai". Tal o amor e a liberdade em que os filhos de Deus têm o privilégio de agir.  

Há unicamente um poderoso, invencível processo de evolução, e este é pela faculdade de gerar conscientemente Amor Divino. Sendo o Amor o Centro  de toda Vida, quanto mais tem lugar em nós e O usamos conscientemente, mais fácil e rapidamente O  liberamos. Essa Poderosa Força Divina permanece sempre como uma força represada, à espera de encontrar uma abertura em nossa consciência através da qual possa projetar-se...

Saint Germain

segunda-feira, 4 de março de 2013