
Um dos cartazes mais utilizados pelos ateus que aderiram à campanha na internet veicula a frase "Religião não define caráter". Certamente um explícito sofisma (argumento ou raciocínio concebido com o objetivo de produzir a ilusão da verdade, que, embora simule um acordo com as regras da lógica, apresenta, na realidade, uma estrutura interna inconsistente, incorreta e deliberadamente enganosa - Houaiss) tomado como verdade absoluta.
O caráter de uma pessoa é moldado sob inúmeros fatores; circunstâncias e comportamentos que, adquirindo características de hábitos ou viciações, podem consolidar ou alterar as características morais dos indivíduos, aquelas que lhe são doutrinadas ainda na infância ou adolescência. O livre-arbítrio lhe faculta escolher os caminhos. A família, a escola, as amizades, a política, as filosofias, as religiões... tudo isso e muito mais, principalmente sua solidão espiritual, aliada, inclusive, a fatores biológicos, constituem a forja de um caráter bom, mau ou intermediário (refiro-me às nuances).
Talvez a frase mais adequada para a campanha da ATEA teria sido "Religião não é o único fator que define o caráter". Igualmente óbvia, mas um tanto distanciada de conotação sofista...
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